Uma das dúvidas frequentes de quem viaja para os Estados Unidos é em relação a que quantidade de moeda estrangeira levar. Realmente, essa é uma das etapas mais importantes na hora de planejar sua viagem. Quando a cotação do dólar está barata, nossa tendência é comprar quantidades maiores da moeda estrangeira. Mas essas enormes quantidades são mesmo necessárias? Quanto é preciso comprar para uma viagem tranquila?
É preciso, antes de mais nada, fazer uma estimativa de gastos diários no destino a ser visitado. Os gastos diários incluem itens como alimentação e transporte, além de custos extras que dependem da cidade americana para onde o turista está indo. Em uma viagem a Nova York, por exemplo, opções como cinemas, museus e espetáculos da Broadway devem ser incluídos no orçamento. Se o seu destino é Orlando, há de se levar em conta os ingressos dos parques. Esses serão gastos obrigatórios, portanto, esses valores são inegociáveis na hora de comprar a moeda americana, independentemente da cotação do dólar. Por isso, vale a pena organizar seus gastos:
Alimentação – é preciso saber quais serão suas opções: comer lanches rápidos em fast foods, aproveitar um pouco da gastronomia local ou fazer compras e cozinhar no hotel?
Transporte – como é o transporte na cidade americana para onde você vai? Tem várias opções de metrô como em Nova York ou é preciso alugar carros e pegar taxis como em Orlando ou Los Angeles? Quais as distâncias médias a serem percorridas?
Compras – viajar aos Estados Unidos e não comprar é quase tortura. Separe uma parte de sua verba para realizar seus desejos consumistas, independente da cotação do dólar.
O site americano Numbeo ajuda os viajantes a simular os custos com comida e transporte em diversas cidades do mundo. O turista digita a cidade e ele mostra uma vasta lista de restaurantes, mercados e meios de transporte, o que ajuda o turista a planejar seus gastos independentemente da cotação do dólar. Com o site é possível estimar o gasto diário, assim, o visitante só precisa multiplicar esse valor pelo número de dias que vai ficar.
Outra dica para não se assustar na hora de comprar dólar é entender a diferença entre dólar comercial e dólar turismo. O dólar comercial é usado para balizar as grandes movimentações de importação e exportação das empresas brasileiras e também é a cotação considerada nas ações do governo no exterior. A taxa é negociada entre bancos e companhias e, por isso, mais barata.
O dólar turismo é o que precisamos comprar quando queremos ir ao exterior. Todo tipo de gastos, desde passagens aéreas, compras em dólar em lojas fora do país e até depósito de créditos em cartões na moeda norte-americana, é convertido pela taxa de turismo, geralmente mais cara.
A cotação do dólar no cartão de crédito é favorável?
Não. Os cartões de crédito internacionais não são uma boa opção em viagens ao exterior. Entre os motivos, está o fato de a cotação do dólar é aquela no dia do pagamento da fatura. Ou seja: você faz as compras e fica sujeito às variações da taxa cambial. Se a moeda americana sofrer uma valorização em relação ao real, os valores podem ficar altíssimos. Outra desvantagem é o IOF, imposto de 6,38% a cada compra efetuada.
Por isso, vale a pena se programar e comprar dólar na quantidade certa, evitando gastos no cartão de crédito. Se quiser levá-lo, faça isso apenas por segurança, para uma eventualidade. Essa é também uma forma de controlar seus gastos e não extrapolar, principalmente na hora das compras. Com dinheiro na mão, é mais fácil ver o que está saindo sem desequilibrar o orçamento.
Outro ponto importante é conhecer as regras da alfândega em relação a bens adquiridos no exterior. Não adianta comemorar a cotação do dólar baixa, comprar muito e esbarrar na fiscalização. A alfândega permite a entrada sem pagamentos de tributos:
- Bagagem acompanhada de livros, folhetos e periódicos;
- Bens de uso ou consumo pessoal do viajante;
- Bens nacionais ou nacionalizados que estejam retornando ao país;
- Bens adquiridos no exterior, observando o limite de valor global, de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos), e do limite quantitativo.
Bem de consumo pessoal são os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal como roupas, calçados, óculos, um relógio usado, uma máquina fotográfica usada, um telefone celular usado. Notebooks e filmadoras não são isentos. De qualquer forma, com a cotação do dólar favorável, é possível comprar roupas e calçados tranquilamente.
Outro ponto a ser lembrado são os gastos com gorjetas. Nos Estados Unidos, é praxe pagar uma taxa de até 20% por serviços prestados e ignorar essa prática pode ser bem rude. Nessa hora, é bom esquecer a cotação do dólar e colaborar com a economia local.
O BoaTaxa pode ajudar a comprar dólar mais barato. O valor do dólar varia muito, mas, como nosso comparador de taxas, é possível encontrar boas tarifas para dólar comercial ou dólar turismo.
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