Viagens com crianças costumam ser associadas quase automaticamente a muito chororó, cara feia, gritos e fluidos indesejáveis. A verdade nua e crua é, entretanto, essa mesma – sem máscaras ou maquiagens – e não tem como fugir.
Mas nem tudo na vida é tão complicado quanto parece. É possível, sim, facilitar e abrandar os efeitos e as complicações de uma viagem com os pequenos. Como tudo no universo do turismo, basta informar-se, planejar-se com antecedência e, em certa medida, deixar os estresses de lado e lembrar que todo mundo está ali para curtir um dos momentos mais especiais da vida de uma família.
Pensando nisso, separamos algumas dicas imprescindíveis para que a sua viagem com as crianças flua da melhor e mais fácil forma possível:
Documentos necessários – mais conhecidos como “os papéis que fazem a mágica acontecer”
Crianças não passam de miniadultos quando o assunto é a imigração dos aeroportos. Os pequenos, como qualquer outra pessoa, precisam apresentar a carteira de identidade para atravessar as fronteiras de nações sulamericanas.
Em outros continentes, é necessária a apresentação do passaporte e, em certos casos, até mesmo de um visto. Além desses papeis, tais países também costumam exigir um documento que prove a filiação do menor com os pais, como a certidão de nascimento original ou o RG.
Caso a viagem aconteça sem a presença de ambos os pais (ou até mesmo com um dos pais em um voo diferente), é imprescindível a apresentação da autorização autenticada do responsável ausente, onde estarão especificados a data, o período e o destino da excursão.
Vacinas obrigatórias – mais conhecidas como “o pior pesadelo de qualquer criança”
Viajar com os pequenos para destinos em que não há saneamento básico apropriado ou para lugares com problemas de febre amarela pede uma carteira de vacinação em dia. No caso da doença mencionada, a vacina deve acontecer até dez dias antes do embarque e tem dez anos de validade.
Cuidados na aeronave – mais conhecidos como “uma criança confortável é uma criança feliz”
Esse é um tópico um tanto quanto controverso, devido as discussões que inflamaram as redes sociais nos últimos tempos. Debateu-se muito sobre incomodo que as crianças causam em aviões e se os pais deveriam ou não viajar com seus pequenos mundo afora. Intolerâncias à parte, é totalmente possível viajar com os menores sem complicações.
Uma boca dica é manter a criança entretida. Nesse aspecto, a tecnologia pode ser a melhor amiga dos pais. Há sempre a possibilidade deixar o pequeno assistindo filmes e desenhos fornecidos na programação de bordo das aeronaves. Caso o avião não ofereça o serviço, é possível levar um eletrônico pessoal que proporcione o mesmo passatempo. Para uma viagem mais desapegada, levar livrinhos, jogos e brinquedos menores e silenciosos também é uma atitude inteligente.
Vale lembrar que crianças até dois anos só pagam o valor integral da passagem aérea se ocuparem um assento (viagens de trem ou ônibus costumam funcionar na mesma lógica). Então, uma atitude inteligente para quem quer economizar – e que é bastante utilizada – é o transporte desse bebê no colo do responsável, uma vez que, nesses casos, as companhias aéreas podem cobrar somente até 10% do preço da passagem.
Ainda com relação aos assentos, os pais precisam ter em mente que uma viagem é um processo cansativo tanto para eles mesmos, como para as crianças. Por isso, as companhias aéreas costumam acomodar adultos com bebês em cadeiras da primeira fila, que geralmente têm mais espaço para as pernas e, portanto, mais conforto. Se isso não acontecer automaticamente, basta pedir para um funcionário negociar a troca de assento com o passageiro que se encontra nesta região do avião. Além disso, os pequenos corpinhos da meninada pedem por cintos diferenciados, que também devem ser fornecidos pelo serviço de bordo.
Como crianças são consideradas clientes preferenciais, elas devem embarcar e desembarcar antes de outros passageiros. Dependendo da companhia, até refeições especiais são servidas durante o voo, mas os pais também são autorizados a levar mamadeiras (que podem ser aquecidas na aeronave) e pequenas porções de alimentos.
Hospedagens para crianças – mais conhecidas como “o lugar que os pais descansam”
A admissão de crianças em hotéis no exterior funciona quase do mesmo modo que a imigração do aeroporto. No check in, é comum que a hospedagem peça o passaporte ou a carteira de identidade dos pequenos, assim como o documento de filiação do filho com os pais. Caso a viagem não tenha a presença dos responsáveis, os acompanhantes adultos devem mostrar a autorização autenticada.
Além da parte burocrática, é interessante cuidar da parte boa: o divertimento e o entretenimento dos pequenos dentro do quarto ou nas imediações da hospedagem. Hotéis com bastante espaço e atividades, especialmente pensados para deixar as crianças felizes e ocupadas, são os melhores e dão espaço para os pais relaxarem também.
Segurança no destino (mais conhecida como “não deixe a cuca pegar”)
Em países da Europa e da América do Norte, costumamos abaixar a guarda por achar que o lugar em que estamos é mais seguro do que o Brasil. Todo o cuidado, entretanto, é pouco. É justamente nesses momentos de relaxamento que os acidentes e imprevistos podem acontecer.
Lembre-se de manter a criança sempre à vista e próxima em lugares muito movimentados. Se a ela for mais velha, vale a pena combinar um ponto de encontro e deixá-la informada sobre a localização de postos policiais e de informações. Caso o menor de idade seja muito pequeno, coloque papéis, crachás ou adesivos de identificação nos bolsos ou na frente da sua roupa.
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